segunda-feira, 23 de março de 2015

TOMATE

DANIELLE ALVES DOS SANTOS
Tomate

Composição nutricional

O fruto do tomateiro possui, em sua composição, aproximadamente 93 a 95% de água. Nos 5 a 7% restantes, encontram-se compostos inorgânicos, ácidos orgânicos, açúcares, sólidos insolúveis em álcool e outros compostos.
Embora as vitaminas estejam presentes em uma pequena proporção do total da matéria seca, estas substâncias são importantes do ponto de vista nutricional.
A composição dos frutos de tomateiro para a indústria vem sendo alterada por meio de melhoramento genético, com o objetivo de selecionar cultivares com características desejáveis para o processamento. A composição dos frutos, além de ser uma característica da cultivar, poderá ser também influenciada pelas condições edafoclimáticas da região produtora.
Durante o processo de maturação dos frutos ocorrem grandes transformações nas características dos mesmos. Consequentemente, para uma comparação mais precisa das características químicas e bioquímicas entre as distintas cultivares, é necessário uma amostragem bastante cuidadosa, visando comparar apenas os frutos no mesmo estádio de maturação fisiológica. O processamento industrial altera a composição da matéria prima.

Análises físico-químicas

As três formulações de geleia de tomate foram avaliadas quanto ao pH, acidez titulável (% ácido cítrico) e sólidos solúveis totais (ºBrix) de acordo com os métodos preconizados pelo Instituto Adolfo Lutz (1985).

Análises microbiológicas

Dentre as análises microbiológicas a que as geléias foram submetidas estão: coliformes a 35ºC e 45ºC, mesófilos, bolores e leveduras e estafilococos coagulase positiva. As análises foram realizadas em triplicata de acordo Brasil (2003). Para a realização das mesmas foi utilizado o laboratório de Microbiologia de Alimentos da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Campus de Medianeira.
Regulamentação do tomate

Um relatório divulgado pela Agência Brasileira de Vigilância Sanitária em abril deste ano mostrou que o alface, o morango e principalmente o tomate convencionais comercializados no País estavam com excesso de agrotóxicos. O assunto foi amplamente divulgado pela mídia e isso tem ajudado a disseminar a agricultura orgânica.
Cultivado sem o uso de produtos químicos, esses alimentos têm atraído o interesse de brasileiros preocupados com notícias como a anunciada pela Anvisa. Porém, o preço deles ainda tem sido um obstáculo para muitos consumidores.
Basta uma rápida pesquisa em um site de um supermercado de uma grande rede para perceber a diferença no valor e na quantidade. Na gôndola virtual dos orgânicos, só é possível encontrar cinco tipos de tomate. Enquanto na dos convencionais estão expostas 23 qualidades. Para comprar 1 kg do tomate-caqui orgânico, o comprador teria de desembolsar R$ 11. Para quantidade igual do mesmo produto convencional, seriam necessários R$ 6,97. Entre os alfaces, a diferença é de quase 50%.
A pouca oferta é a principal causa do alto custo. Entre os motivos para a baixa adesão de produtores a esse tipo de agricultura, segundo especialistas, está a falta de regulamentação da lei para esse nicho.
Eventos que ajudam a divulgar os orgânicos também não têm tanto apoio. “Quando não é orgânico, as empresas de produtos químicos patrocinam. A agricultura ecológica depende mais de cooperativas, ONGs”, afirma Issao Ishimura, pesquisador da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios de São Roque da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Apesar das dificuldades, há razões para esperar que o setor cresça cada vez mais. Além da crescente busca por produtos saudáveis, existe a necessidade de preservação do meio ambiente. A agricultura orgânica ajuda a recuperar o solo e mantê-lo produtivo.
Em relação ao custo de produção, a vantagem é a não dependência de insumos importados, comumente usados na agricultura tradicional. A alta desses produtos tem diminuído o lucro do produtor. Na agricultura orgânica, os adubos são basicamente resíduos vegetais e animais.

Valor energético do tomate

Tabela nutricional
% VD (*)
Calorias (valor energético)
10,5 kcal
0,53 %
Pontos*
0
-
Carboidratos
2,55 g
0,85 %
Proteínas
0,4 g
0,53 %
Gorduras totais
0,15 g
0,27 %
Fibra alimentar
1,15 g
4,6 %
Sódio
2,5 mg
0,1 %
(*) % Valores Diários de referência com base em uma dieta de 2.000 kcal ou 8400 kJ. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades energéticas.


TRABALHO DE SAMARA LIMA DE OLIVEIRA

O tomate é o fruto1 do tomateiro (Solanum lycopersicum; Solanaceae). De sua família, fazem também parte as berinjelas, aspimentas e os pimentões, além de algumas espécies não comestíveis.
Originário das Américas Central e do Sul, era amplamente cultivado e consumido pelos povos pré-colombianos, sendo atualmente cultivado e consumido em todo o mundo.
Local de origem
A maioria dos botânicos atribui a origem do cultivo e do consumo (e mesmo a seleção genética) do tomate como alimento à civilização inca do antigo Peru, o que deduzem por ainda persistir, naquela região, uma grande variedade de tomates selvagens e algumas espécies domesticadas (de cor verde) conhecidas apenas ali.
Estes acreditam que o tomate da variedade Lycopersicum cerasiforme, que parece ser o ancestral da maioria das espécies comerciais atuais, tenha sido levado do Peru e introduzido pelos povos antigos na América Central, posto que foi encontrado amplamente cultivado no México.
Outros estudiosos acreditam que o tomate seja originário da região do atual México, não apenas pelo nome pertencer tipicamente à maioria das línguas locais (náuatles), mas porque as cerâmicas incas não registraram o uso do tomate nos utensílios domésticos, como era costume. Os primeiros contestam tal objeção, pelo fato de que muitas outras frutas e alimentos dos incas também não foram representados nas cerâmicas.
Características
O tomateiro é uma planta espermatófitaangiosperma e dicotiledônea. Trata-se de um fruto, uma vez que é o produto do desenvolvimento do ovário e do óvulo da flor, formando o pericarpo e as sementes, respectivamente, após a fecundação. Popularmente, no entanto, não há consenso entre sua classificação como fruta ou legume.
O tomate é rico em licopeno e contém vitamina C.
Gastronomia
Apesar de constantemente associado à cozinha da Itália, dado seu largo uso na sua culinária italiana, o tomate já era primordialmente consumido nas civilizações incamaia e asteca antes de ser levado para a Europa. Pertence a um extenso rol de alimentos da Américapré-colombiana desconhecidos do Velho Mundo antes das grandes navegações, do qual fazem parte o milho, vários tipos de feijões,batatas, frutas como abacate e o cacau (de cujas sementes se faz o chocolate), afora artigos de uso nativo que se difundiram, como ochicle (seiva de Sapota (ou sapoti)) e o tabaco.
Inicialmente, o tomate era tido como venenoso pelos europeus e cultivado apenas para efeitos ornamentais, supostamente por causa de sua conexão com as mandrágoras, variedades de Solanáceas usadas em feitiçaria.
Os primeiros registros apontam para a sua chegada em Sevilha, na Espanha, no século XVI, que era um dos principais centros de irradiação comercial para toda a Europa, principalmente Itália e Países Baixos. Os italianos logo chamaram os primeiros frutos de pomo d'oro (pomo de ouro).
A literatura culinária espanhola antiga (1599 - 1611) não registra o uso do tomate. Na Itália, Antonio Latine escreveu, entre 1692 e 1694, o livro de cozinha napolitana Lo Scalco alla Moderna, em que uma das suas receitas recomendava levar ao fogo pedaços de tomate, sem pele ou sementes, temperando com salsinhacebola e alho picados, salpicados com sal e pimenta, acrescidos de azeite e vinagre, para obter um molho de tomate "de estilo espanhol". Em 1745, o livro do espanhol Juan Altamiras descrevia duzentas receitas, dentre as quais treze tinham tomate em seus ingredientes. Já na Inglaterra, a partir de 1750, se tem evidências de seu uso pelas famílias judias, que já o consumiam, muito embora permanecesse suspeito ao restante dos cidadãos até o século XIX.
Somente no século XIX é que o tomate passou a ser consumido e cultivado em escala cada vez maior, inicialmente na Itália, depois naFrança e na Espanha, ganhando popularidade depois que os povos do sul da Europa declinaram sobre aquela suspeita, tornando-o um dos principais ingredientes da culinária mediterrâneaAlla bolognesa, à espanhola, à mexicana, à la marselhesa, alla napolitanaalla parmigiana, à la orientale, à la niçoise, à portuguesa e à la provençale são apenas algumas das infinitas receitas que adotaram o fruto como ingrediente; uma lista que não para de se renovar.
Os tomates podem ser divididos em diversos grupos, de acordo com seu formato e sua finalidade de uso:
·         Santa Cruz, tradicional na culinária, utilizado em saladas e molhos e de formato oblongo;
·         Caqui, utilizado em saladas e lanches, de formato redondo;
·         Saladete, utilizado em saladas, de formato redondo;
·         Italiano, utilizado principalmente para molhos, podendo ainda fazer parte de saladas. Seu formato é oblongo, tipicamente alongado;
·         Cereja, utilizado como aperitivo, ou ainda em saladas. É um "minitomate", com tamanho pequeno, redondo ou oblongo.
Além de diferirem em seu formato, os tomates também podem ter variações em sua coloração. Apesar de ser bem mais comum encontra-lo na coloração vermelha, atualmente, novos tipos de tomate podem ser encontrados na cor rosada, amarela e laranja. Os dois últimos são mais difíceis de serem encontrados no Brasil.

Tipos de tomates
Tomate-caqui
·         Tomate Carmem
·         Tomate Débora
·         Tomate-italiano ou tomate rasteiro
·         Tomate-holandês
·         Tomate-cereja ou tomate-cherry
·         Tomate-chucha
·         Tomate "Sweet Grape"
·         Tomate-san-marzano
·         Tomate-ligúria
·         Tomate-raf
·         Tomate-kumato
Valores naturais
O consumo do tomate é recomendado pelos nutricionistas por ser um alimento rico em licopeno (média de 3,31 miligramas em cem gramas), vitaminas do complexo A ecomplexo B e minerais importantes, como o fósforo e o potássio, além de ácido fólicocálcio e frutose. Quanto mais maduro, maior a concentração desses nutrientes.
O tomate é composto principalmente de água, possuindo, aproximadamente, catorze calorias em cem gramas, somente. Alguns estudos comprovam sua influência positiva no tratamento de câncer, pois o licopeno, pigmento que dá cor ao tomate, é considerado eficiente na prevenção do câncer de próstata e no fortalecimento do sistema imunológico.
De 1986 a 1998, a Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, analisou os hábitos de 50 000 homens. Segundo os resultados da pesquisa, os homens que consumiam molho de tomate duas vezes por semana tiveram 23 por cento menos incidência de câncer do que outros. A pesquisa concluiu, ainda, que os benefícios podem ser maiores caso o tomate seja cozido, acompanhando um pouco de azeite.

Tomate cru
Quantidade
100 gramas
Água (%)
94
Calorias
20,33
Proteína (g)
0,81
Gordura (g)
Traços
Ácido Graxo Saturado (g)
Traços
Ácido Graxo Monoinsaturado (g)
Traços
Ácido Graxo Poliinsaturado (g)
0,08
Colesterol (mg)
0
Carboidrato (g)
4,07
Cálcio (mg)
7,32
Fósforo (mg)
22,76
Ferro (mg)
0,49
Potássio (mg)
207,32
Sódio (mg)
8,13
Vitamina A (UI)
1130,08
Vitamina A (Retinol Equivalente)
113,01
Tiamina (mg)
0,06
Riboflavina (mg)
0,05
Niacina (mg)
0,57
Ácido Ascórbico (mg)
17,89
O tomate tem assumido o status de alimento funcional, considerando-se as evidências epidemiológicas que o apontam como sendo responsável pela redução do risco de certos tipos de câncer. O fruto contém substâncias antioxidantes como ácido ascórbico, licopeno, β-caroteno e compostos fenólicos, que exercem papel preventivo, especialmente contras as doenças crônicas não transmissíveis. Devido a essas características, o tomate tem se popularizado e seus produtos vêm sendo utilizados em larga escala na dieta alimentar, contribuindo para uma dieta saudável e equilibrada, sendo consumido in natura ou processado (GUILHERME, 2007). As características físico-químicas de um fruto são importantes, pois, assim como constatado por Cardoso et al. (2006) são as mesmas que definem a qualidade dos frutos. De acordo com Azevedo (2006), desde a domesticação do tomate, que ocorreu no México, até sua aceitação e cultivo na Europa e Estados Unidos em meados do século XIX, o tomateiro vem sofrendo seleções, com conseqüente melhoria na qualidade dos frutos. Assim, informações precisas sobre as características químicas dos frutos de tomates fazem-se cada vez mais necessárias. A porcentagem de sólidos solúveis, representada pelo ºBrix inclui os açúcares e os ácidos e tem influência sobre o rendimento industrial, enquanto que a acidez total titulável, representada pelo teor de ácido cítrico, influencia principalmente o sabor dos frutos (GIORDANO et al., 2000). O teor de ácido ascórbico no fruto do tomateiro varia de 7,20 a 45,60 mg 100 g- ¹ de polpa e depende da época do ano, cultivar, luz, adubação e substrato (ABACK; CELIKEL, 1994; SAMPAIO; FONTES, 1998). Porém, o valor típico encontrado nos frutos de tomates é de ±23 mg 100 g- ¹ (DAVIES et al., 1991). O fruto fresco tem baixo teor de matéria seca, uma vez que apresenta em sua composição aproximadamente 95% de água (ROCHA et al., 2009). Segundo Guilherme 2007, as características físico-químicas dos tomates podem ser alteradas em virtude do espaçamento utilizado, do tipo de poda, do tamanho dos frutos e da disponibilidade de água para a planta. Visando aumentar à produtividade e melhorar a qualidade dos frutos a produção de tomate tem passado por grandes transformações tecnológicas, destacando-se o avanço do cultivo em ambiente protegido e a utilização de sementes melhoradas de híbridos de elevada produtividade (SELEGUINI et al., 2007)






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